Implantes dentários são pinos de titânio 100% biocompatíveis com nosso organismo posicionados através de um procedimento cirúrgico minimamente invasivo nos ossos maxilares abaixo da gengiva que tem como função substituir nossas raízes dentárias. Uma vez instalados permitem ao dentista após o período de 3 à 12 semanas, período médio de osseointegração dos implantes, instalar próteses dentárias com a finalidades de reabilitar estética e funcionalmente a oclusão dos pacientes.
Para que o paciente possa passar pelo procedimento de implantes dentários uma avaliação clínica e radiográfica deverá ser feita assim como um planejamento protético para a reabilitação mesmo. O paciente deverá ter quantidade e qualidade mínima dos tecidos periodontais, osso e gengiva, para a realização do procedimento. Quantidade em relação à altura e espessura óssea. Qualidade em relação à um osso sadio, sem qualquer tipo de infecções ou processos patológicos associados.
A primeira e mais importante das etapas é a do planejamento tanto cirúrgico quanto protético. Um correto e adequado planejamento protético deverá ser realizado previamente à cirurgia já que este é o objetivo final do tratamento. Nesta fase nós tentamos descobrir quais os objetivos do paciente e quais as reais possibilidades de trabalho que existem. Após a definição do tipo de trabalho a ser feito vem à parte da cirurgia, onde os implantes são colocados.
No caso de implantes com carga imediata, dentes provisórios são colocados no mesmo dia da cirurgia. Nos casos tradicionais, o paciente deve aguardar durante 3 à 12 semanas para colocação das próteses.
Quais são os fatores que contra indicam um implante dentário?
Os principais motivos de contra indicação é a colocação de implantes dentários em crianças antes da fase final de crescimento e pessoas que tenha uma expectativa acima do normal com resultados e estética. Pessoas com problemas cardíacos de alto risco, como próteses valvulares aórticas ou mitrais, cardiopatias congênitas ou com antecedentes de endocardite infecciosa. Os outros fatores de uma maneira geral, contra indicam temporariamente ou diminuem a margem de sucesso.
Todas as pessoas podem fazer implantes dentários?
Em saúde as palavras todas, nenhuma, sempre e nunca não devem ser usadas. Algumas vezes o paciente não pode fazer o implante naquele momento ou não pode fazer por uma determinada condição, mas isso não impede que ele venha a poder fazer. O importante em relação ao paciente é que ele tenha um bom estado geral de saúde.
Os implantes são rejeitados pelo nosso organismo?
Não, não existe rejeição dos implantes pelo organismo. Os implantes são feito de titânio e esse material é inerte ao osso. Isso quer dizer que o organismo não percebe que algo foi colocado no osso e por isso tenta fechar o furo feito pela broca para a colocação do implante. Quando o osso preenche esse orifício, ele trava o implante e isso é o que chamamos de osseointegração. Podem ocorrer problemas devido a problemas na cirurgia, no pós-operatório, pela qualidade do osso, mas não por rejeição.
Qual a taxa de sucesso dos implantes dentários?
O índice de sucesso é de 98%, ou seja, em cada 100 poderemos ter problemas em dois. Mesmo nesses que temos problemas, a cirurgia pode ser refeita. Apenas pacientes fumantes ou que façam uso constante de álcool tem essas médias diminuídas para aproximadamente 85% de sucesso e 15% de insucesso.
É possível colocar os implantes e os dentes no mesmo dia?
Sim, mas nem todas as pessoas podem colocar implantes e dentes no mesmo dia. Aliás, ainda é a minoria das pessoas que podem. Para isso o paciente tem que ter quantidade e qualidade suficiente de osso. Quando existe osso na região inferior normalmente é possível, pois o osso da mandíbula é mais duro (menos poroso). Já a maxila é um osso mais poroso e por isso a fixação do implante é mais difícil. Então para a colocação de implantes imediatos é necessário avaliar a quantidade óssea, o número de implantes e os dentes que serão implantados. Nos implantes convencionais as pessoas esperam em torno de 2 a 3 meses na região inferior e de 4 a 6 meses na região superior e se possível, sempre acho que é mais seguro se puder esperar.
Qual a maior novidade em implantes dentários?
A maior novidade não está no implante, mas sim nos exames que se faz e como se usa esses implantes. Nesta técnica é possível fazer a colocação dos implantes, sem precisar cortar a gengiva. A cirurgia é feita inicialmente no computador, depois teremos o modelo da boca do paciente com os implantes colocados e uma guia que irá nos mostrar o exato local na boca no ato cirúrgico, não precisando cortar a gengiva e nem dar pontos.
Dói colocar implantes?
Não, a colocação de implantes é muito tranqüila em relação à dor. A anestesia é local, exatamente a que se toma para fazer qualquer tratamento dentário. A única fase que poderia causar algum tipo de dor seria na hora de abrir a gengiva, mas hoje em dia nem isso fazemos muitas vezes. Quando chegamos no osso, a dor não ocorre pois o osso não tem inervação, então ele não dói. O pós-operatório é tranqüilo,recomendando analgésico,antibiótico, antiinflamatório e repouso apenas no dia da cirurgia. No dia seguinte o paciente já pode voltar as suas atividades de trabalho, com moderação.
Pacientes que não tem osso podem receber implantes?
Podem, mas precisam de um trabalho anterior a colocação do implante ou até em conjunto com a colocação do implante que se chama ENXERTO. Se a necessidade for de uma pequena quantidade ossea, pode-se retirar da própria boca do paciente. Se a necessidade de osso for muito grande será preciso retirar da crista do ilíaco ou calota craniana. Estas cirurgias são feitas em ambiente hospitalar.